Alchimia

Os estudos Alquímicos, dentro da Irmandade do Pala Branco, estão fundamentados por trabalhos práticos que viemos desenvolvendo há quase um século.

Grande parte do aprendizado realizado em nossa Ordem foi desenvolvido após a morte de Manoel Antônio, uma vez que poucos trabalhos Alquímicos foram feitos na época dele.

Mas vejamos o que consta no Compendivm Magicarvm da Ordem.

A Irmandade do Pala Branco tem suas bases Alquímicas na questão ocidental, ou seja, não trataremos de Alquimia Taoísta em nossos empreendimentos. Assim sendo, fundamentamos nossos trabalhos em estudos relacionados a Hermes Trismegisto, mais precisamente na Tábua Esmeraldina, pois grande parte dos Segredos Teóricos da Alquimia estão contidos em tais tábuas.

Por muitos anos tentamos descobrir fundamentos históricos relacionados a Alquimia Árabe, porém a destruição das bibliotecas do séc VIII e séc XIII, acabaram com grande parte dos livros de Alquimia deste povo. Mas devemos grande parte dos feitos Alquímicos a eles, principalmente os processos de Destilação e Separação de Metais.

Alguns historiadores afirmam ainda que o termo Alquimia vem do árabe, Al khemy, e que teria começado no séc lll a.c por três correntes, ou seja, Filosofia Grega, Misticismo Oriental, e Tecnologia Egípcia. É a partir desta Tríplice Formação que chegamos a um conceito prático da Alquimia ocidental, motivo pelo qual não nos deteremos nas práticas Taoistas, pois estas mergulham em princípios e crenças diferentes daquilo que buscamos. Não queremos blasfemar, apenas afirmamos não usar da Alquimia Taoísta, uma vez que seu descrédito já se deu há muito tempo, talvez pelos seus Procedimentos Universais, como Panaceias e o famoso Elixir da Longevidade, o qual causou muitas mortes na tentativa de sua descoberta, por envenenamento e desastres de manipulação. É por estes motivos que não mais nos servimos de tais processos Alquímicos, mesmo sabendo que nosso fundador muito se utilizou dessas práticas.

Hoje os estudos da Irmandade do Pala Branco estão focados nos processos de utilização e manipulação do Flogístico, obviamente que com as descobertas de Lavoisier, além de estudos que viemos realizando sobre o composto da matéria e sua tríplice composição.

Também faremos um estudo de maior complexidade nos textos de Paracelso, nos quais este expõe as formações dos Homunculus e suas formas de composição.

É válido salientar aqui que dentro de nossos Processos Práticos, também ensinaremos ao iniciado como construir o Laboratório-Oratório, segundo Henri khunrath, o qual também pode ser utilizado pelo Magista dentro da própria Loggia.

É importante esclarecer que este método de Oratório ensinará as funções e maneiras de construir a Capela dentro da Loggia, para que o Magista possa fazer o uso correto.

Além de tais conhecimentos, a Irmandade também colocará ao estudante um pequeno trabalho sobre a Matriz Artificial, a qual muitos Alquimistas ainda trabalham de maneira minuciosa.

Como ficou subentendido no texto acima, nossa Irmandade se dedica mais às questões Práticas da Alquimia, o que pode contrariar alguns Fundamentos Iniciaticos para a descoberta da Grande Obra, o que não impede em nada na evolução do iniciado dentro do caminho da G.O, se assim for o desejo do novel. Portanto fica icástico ao iniciado, que todos os nossos trabalhos dentro dos Estudos Alquimicos visam não somente descobertas secundárias, como aquelas citadas pelo nosso pitoresco General Hamilton, como também a evolução do próprio Magista como Transmutador de Conceitos Surreais. Além é claro, de desenvolver as Técnicas de Leitura e Hermenêutica do iniciado, fazendo com que assim o Mutus Líber se torne simples aos seus olhos!

Per Rfel